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Não sei se é a proximidade do Natal, que me deixou mais emotiva, mas hoje na volta do trabalho me contive para não chorar. No ônibus muitas pessoas, caras cansadas, afinal já eram mais de 22 hs, adentram dois meninos, não tinham mais que 10 e 12 anos, 'pediram' para passar por baixo da roleta. Aparentavam ser pobres mas não de rua. A moça, a cobradora, concordou, não esboçou nenhuma expressão de raiva, apenas deixou-os passar, estava lendo um livro e assim ficou. Os meninos foram para o fundo do ônibus, perdi-os de vista. Daqui a pouco um deles volta com algo na mão e entrega a ela e volta correndo. Deu para ver por baixo do livro, era um bom-bom Sonho de Valsa. Não sei se alguém alcançou para eles para dar à moça, só sei que ela se vira para o fundo do ônibus, faz um sinal emocionado de que gostou e lança-lhes um sorriso. Natal tem dessas coisas, pequenos gestos nos comovem...

Confraria Musical

Um certo dia resolvemos confraternizar entre os amigos o que não entendemos foi a vontade louca de nos unirmos cada vez mais Decidimos colocar nome nesta reunião deliciosa fizemos uma votação e escolhemos Confraria Musical Discutimos a cada encontro o cardápio do próximo antes era a cada quinze dias, depois foi toda a semana e agora quando não nos encontramos parece que falta um pedaço A música foi um pretexto para a reunião destas pessoas hoje todos sabemos que o amor era o motivo.
Não consigo disfarçar estou feliz as coisas tomam outra cor Não sinto mais aquele vazio já não sinto  dor Não estou mais a procura daquele arrepio  na espinha Não preciso mais fazer tantas coisas para afugentar aquele frio Não consigo deixar de pensar nos últimos tempos sem rir  O que temos que passar até conseguirmos escrever  um belo poema Silvana

Oportunidade

Ocasião favorável de melhorar de se beneficiar Uma oportunidade quando aparece não devemos desprezar Com agilidade devemos pensar na possibilidade de algo fazer Capacidade de antever que com criatividade se pode vencer Não deixe o barco passar não perca tempo e nem a oportunidade De encontrar a felicidade. Silvana

Café

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Estimulada pelo  seu odor caminhou pelo corredor Aquele perfume lhe causava infinito torpor Vagarosamente deliciava-se com o seu  sabor Como era  prazeroso beber ... Silvana
Ando na rua criança gargalha: Do que acha graça bela criança? Da flor lilás caída da árvore enfeitando o capô de um carro. Silvana

Domingo

acordava cedo pelo costume o corpo curtido já não lhe permitia dormir o cansaço era incrustado em suas vísceras acordava pensando no trabalho nas contas no final do mês e nas coisas que fez lembra dos amigos novos dos últimos tempos e nos antigos que sente saudades pensava nos amores que fizeram feridas e hoje tão longe já não doem mais dia de descanso das pessoas normais dormirem até meio-dia almoçar com a família passear no parque curar a ressaca lavar a roupa da semana para a próxima de trabalho dia de ficar na frente da televisão assistir o Faustão (urgh!) de pensar na decisão do futebol que maravilha passou por tudo isto e apesar de tudo conseguiu escrever um poema no domingo. Silvana

Trocando em Miúdos

Chico Buarque Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim Não me valeu Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim! O resto é seu Trocando em miúdos, pode guardar As sobras de tudo que chamam lar As sombras de tudo que fomos nós As marcas de amor nos nossos lençóis As nossas melhores lembranças Aquela esperança de tudo se ajeitar Pode esquecer Aquela aliança, você pode empenhar Ou derreter Mas devo dizer que não vou lhe dar O enorme prazer de me ver chorar Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago Meu peito tão dilacerado Aliás Aceite uma ajuda do seu futuro amor Pro aluguel Devolva o Neruda que você me tomou E nunca leu Eu bato o portão sem fazer alarde Eu levo a carteira de identidade Uma saideira, muita saudade E a leve impressão de que já vou tarde.
Por ser desenhista só penso com o lápis na mão Meu ponto de vista antes desenhado agora transformado em declaração Silvana
Sou desenhista de formação mas ultimamente ando sem inspiração Meu desenho tomou outra coloração comecei a escrever Que tesão! Silvana
Não sou  nenhum Cazuza muito menos  uma Brastemp Mas resolvi decididamente vou escrever indefinidamente Silvana

No Busão

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Tradução Versão Leitura Visão Ponto de vista Observação Tudo isto Dentro do busão. Silvana

Estudando

Cabeça baixa concentração olhos atentos no seu borrão Lendo em voz baixa evitando distração coração mais lento ouvindo a respiração No final tudo se encaixa vem à mente a associação do professor ensinando com a conclusão Quero mesmo é a aprovação chegar ao fim tirar 10 na avaliação Silvana

Musicando

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Já perceberam como nosso olhar toma outra forma dependendo da música que estamos a escutar? Se ouvimos rock as coisas são "hard" nos sentimos fortes Se ouvimos música suave tudo fica mais belo tudo é maravilhoso Se ouvimos uma ópera o mundo se transforma o drama vira arte E pensando através da música o mundo vai se modificando Pelo menos em nossa mente. Silvana

Trajeto

Mudaram os caminhos Mas ela continuava A viajar Para trabalhar As ruas eram outras A paisagem diferente O que nunca mudava Era a sensação em sua mente Sensação de que andar Observar, divagar Pelas ruas antes de trabalhar Era algo salutar Morar em cidade grande Tem destes favorecimentos O trajeto é estimulante Pois tudo é distante Silvana

Da série: Viajando para trabalhar

O caminho era longo dava tempo de tudo ouvir música ler, estudar as vezes até preparava suas aulas no trajeto observar o congestionamento era ponto pacífico naqueles dias um atropelamento de repente modifica o movimento carros vão parando para seu tormento o acidente causou todo um sofrimento a ambulância chega e para lhe tirar de seu torpor ouve ao longe o cobrador: - Um passo a frente por favor!

Bola Vermelha

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A noite mal dormida lhe deixava entorpecida fones nos ouvidos mal ouvia a música de repente em meio ao nevoeiro o céu se iluminou por trás das montanhas a mais bela  bola vermelha apareceu milagres da natureza pensou Silvana
O visual pela janela era desolador o sol nasceu bonito mas logo se escondeu atrás das nuvens as pessoas se enrolavam em seus cachecóis de lã. Dava pra perceber que a pessoa não gostava do inverno lá fora os carros disputavam um espaço nas avenidas em obras para a Copa. De repente avistou uma árvore uma araucária em meio a cidade congestionada ainda existe uma esperança. Feliz foi trabalhar. Silvana

Mente Inquieta

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Ela viajava Viajava pela cidade Viajava pelo pensamento Viajava na maionese Ao contrário da música que ouvia seu pai cantar  ♫"não, não posso parar, se eu para eu penso se eu penso eu choro" ♫ ela nunca parava. Para pensar e estudar precisava ouvir música a música lhe acalmava algo que não sabia explicar Quando dirigia planejava planejava seu dia planejava sua vida Planejar era sua diversão Queria para a sua vida Só o que ela tinha de melhor Queria, como costumava dizer: - Só tudo! Escrevia quando possível Mas quando não podia ela viajava Na sua maionese particular Na sua mente inquieta e sempre a querer coisas nem sempre possíveis.

El Choclo

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Sereias

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Na praia da música Sereias poéticas Ornamentavam o mar e Suas espumas melodiosas Tripulantes não resistiam À tão bela canção Nos rochedos sucumbiam Com sua embarcação Ninguém subsistia A tão bela interpretação Afundavam ao som Da bela composição Quem me dera Ter um Tritão Para (en)cantar E eu sucumbir a  seu belo caudão. Silvana F. Pereira

Japão

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Não sei bem explicar O que me acontece Quando estou entre eles Meu coração floresce Quando estamos juntos Nada de mal aparece A vida toma outra cor Nada me entristece As atividades no campo Me enternecem As dores no corpo Até desaparecem Depois de um dia cheio Sem que eu perceba anoitece Preparamos-nos para a reunião E a fogueira nos aquece Nem que eu viva cem anos Deste tempo esquecerei Percebo que estas pessoas Em meu coração manterei Não permita Deus Que do Grupo Escoteiro Japão Meus amigos me aparte não!

De volta

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A vida gira, gira e dá uma reviravolta E depois de tanta volta e muita revolta Hoje pouco me falta a felicidade me assalta Tua face antes oculta agora esmalta e na minha vida amor estás de volta. Silvana F. Pereira

Vida nova

Meu horóscopo indicava Que a época era De me sentir com energia Com disposição para lutar por meus projetos pessoais Que eu deveria me compreender Estar consciente das questões afetivas Para que as minhas relações amorosas Se tornassem mais proveitosas. Mas que relações? Comecei a me compreender? Estou mais consciente? Não sei, só sei que me sinto bem Com disposição para falar, Escrever, ler, estudar. Estou abrindo a mente Descobrindo um mundo diferente Fase de aprendizados E de disposição para encontrar A minha vida nova.

Sonhei...

Sempre trabalhei duro Para poder estudar E quem sabe um dia Me formar O tempo passou Estudei, me formei Continuei a estudar E nem me toquei As filhas cresceram E também continuaram o meu sonho de estudar A mais velha concluiu o seu curso e hoje a menor, para meu orgulho Passou no vestibular Alegria maior não há Ver os filhos encaminhados Atrás de seus próprios sonhos E o que é melhor: realizando-os.

Férias

Época do ano Em que a preguiça aumenta Diminui a vestimenta Fica-se como baiano Alguns fazem planos Grande ferramenta Para diminuir a tormenta Que trás um engano Como todo bom urbano Quando viaja tudo experimenta Até a mais quente pimenta Mesmo que cause dano Período em que todo ser humano Que durante o ano alimenta Vontade de sair e aguenta Até o chefe mais tirano. Tempo de revigorar o ânimo É um sonho que orienta Mantém e sustenta O povo metropolitano. Silvana F. Pereira 09.01.13