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Mostrando postagens de 2012

Natal

Época do ano Em que todos comemoram Onde alguns se deprimem A maioria compra Desenfreadamente Época do ano Em que as pessoas confraternizam Onde alguns presenteiam Outros apenas Apreciam Época do ano Onde os corações amolecem Campanhas solidárias aparecem Para aliviar suas culpas Época do ano Onde as esperanças se renovam Rancores antigos desaparecem Amizades florescem No ar Enfim, Natal é a época do ano Em que, querendo ou não As pessoas se reencontram Com os outros e consigo mesmas.      Silvana F. Pereira                    

Caminho

Ela parecia abatida Sozinha (como sempre) Voltava para casa Não sei de onde No caminho Escolas de samba Apresentavam seus porta-bandeiras Parou para olhar Sua máquina sem bateria Não registrou nenhuma imagem Mas sua retina gravou tudo Sua memória captou os sorrisos Voltou a caminhar Parecia mais longe que de costume Os bares cheios Por conta do calor 30º C marcava no termômetro da rua 30 era o dia do mês 30 é a latitude de onde estava Números, pensou... A solidão Companheira de todos os dias Hoje lhe assombrava Até chateava Em alguns trechos A luz era intensa Em outros quase escuridão. Mais risadas pelo caminho. Finalmente Chegou em casa E pensou Ainda bem que nunca me abandono.

Sentada no bar

É tão estranho De repente Sozinha no bar O chope esquentando O cantor cantando Supertramp Pessoas riem ao fundo Peço mais um ao garçom Como alguma coisa Para não embebedar (como se isto fosse possível) Já sou bêbada por natureza A música me agradou Recosto na cadeira Curto o entorno. Pessoas chegam Ilusões se vão Bebo mais um gole As risadas aumentam A dúvida paira... Agora Djavan na boca do cantor Me sinto no livro de Graciliano Ramos Angústia Não virás, já era sabido. Mesmo assim Continuo te esperando . Silvana

The "earth" without art is just "eh".

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Uns e Outros

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Para uns momentos estado de espírito estado de plenitude Satisfação equilíbrio físico e mental Para outros estar com amigos tomar um chopp dar risada passear pela rua cantar uma música fazer um poema Não importa O indefinido do artigo Não interessa A forma da perseguição de alguma forma Todos desejam De coração A tal felicidade. Silvana F. Pereira

Passagem

Aqui estamos sempre apressados querendo chegar não sabemos onde. Indo pra lá, voltando pra cá atropelando os dias engolindo as horas Esquecemos o motivo porque viver empurramos a vida para o precipício Mas o que  não percebemos que aqui só fazemos parte da paisagem Esta viagem deveria ser uma mensagem aos que desavisados vem                       pedindo passagem

Como eu queria

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Como eu queria Ter tanta inspiração Capacidade de produzir Um poema por turno. Como eu queria Habilidade de traduzir Tudo que vi, ouvi e vivi Neste mundo taciturno. Como eu queria Sentar e redigir Com facilidade Sobre o planeta  Saturno.

AINDA ESPANTADO: Prêmio Açorianos de Criação Literária 2012 - Poesi...

AINDA ESPANTADO: Prêmio Açorianos de Criação Literária 2012 - Poesi... : . Divulgados os cinco finalistas do Prêmio Açorianos. Entre estes, para gáudio do povo da palafita, o nome de Ge Zanettini , jovem amiga ...

São Pedro

Sempre gostei de cantar Mas me falavam: Que loucura Vai cantar no São Pedro (o hospício) Comecei a procurar um coral Sonho de infância Mas meus horários Nunca casavam Oito anos se passaram Fui fazer um teste Coisa mais perto que cheguei De um coral Estava feliz e radiante Só pela oportunidade de um teste fazer Quem sabe? Pensei. Hoje canto em Latim, Italiano, Inglês e  Alemão Quem havia de dizer A cantora de igreja Cantou no São Pedro (teatro)

Verleih uns Frieden

Verleih uns Frieden gnädiglich,  Herr Gott, zu unsern Zeiten. Es ist doch ja  kein  andrer  nicht , Der für uns könnte streiten, Denn du, unser Gott, alleine.

Escrever sobre amor

Às vezes imagino Será que consigo Escrever sentimentos O tão falado amor? Parece um pepino Mesmo assim prossigo Colho depoimentos Sobre o tal amor. Será o meu destino Aquele que persigo Vontade que fomento O procurado amor? Claro que não domino Muito menos sigo Mas neste momento Ele me achou, o amor. Silvana F. Pereira

Barulho assustador

Estava em casa de folga algo sempre renovador. Me bateu um pavor ouvi um barulho assustador. Fiquei em silêncio e o barulho continuou e continuou... O vento soprou a porta movimentou e o ronco me horrorizou. Dei risada sozinha um som causar este horror. O barulho vinha do movimento do elevador. Silvana F. Pereira

Amizade

Estar à vontade Falar a verdade Ter liberdade Ser prioridade Na vida de alguém. Ter agilidade E  capacidade De dizer da possibilidade Desta afinidade Ir mais além. Crer na  lealdade E na fidelidade Conter a ansiedade É uma atividade Sem vintém. Não é caridade Nem enfermidade Não existe fragilidade É pura bondade. Não exige escolaridade Nem publicidade É só espontaneidade Em uma  grande amizade. Silvana F. Pereira

Das cinzas...

renascer ressurgir reviver reabrir o coração depois de fechado lacrado cerrado para balanço. Silvana F. Pereira

Descuido

A porta estava aberta E sem fazer ruído Entrou um amor E me deixou em alerta Por este descuido E na hora incerta Minha vida transformou E meu coração antes ruído Num instante avisou Fui descoberta. Silvana F. Pereira

Homenagem

Coisa bacana é a aprendizagem Nos trás a vantagem De entender a mensagem Favorecer a viagem Adquirir quilometragem Mais bacana ainda é a bagagem Adquirida com coragem Através da linguagem Dando passagem A nossa nova imagem. Silvana F. Pereira

Caminhadas

Andar pela cidade Virou meu passatempo Quando ando O tempo passa Passam as lojas Passam as pessoas Passam os ambulantes O tempo passa Só não passa A estranha sensação De que vou encontrar Você na multidão. Silvana F. Pereira

Ainda não terminei...

Muitos anos estudei Administração quando comecei Em várias áreas trabalhei RH me especializei. Produção eu adorei Nos processos fabris me interessei Várias fábricas visitei E por fim me apaixonei. Designer de produto me formei Para fábricas desenhei Muitos projetos realizei Muita experiência armazenei. Em Pós graduação pensei Fazer uma, imaginei Estou na terceira, um MBA Este nem planejei! Com o mestrado sonhei O pré projeto já terminei Na verdade preparei Duas versões, idealizei. Nesta vida tentei Muitas coisas realizei Coisas boas experimentei E ainda não terminei. Silvana F. Pereira

Discurso de Formatura

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Vou ser paraninfa E tenho escrever Um discurso que emocione Mas que não me faça chorar Pois com certeza a pessoa Mais  emocionada da festa Serei eu a professora. Silvana F. Pereira

Caridade

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Uma vez saia do carro minha filha começou a chorar queria um pirulito que uma menina de rua chupava no mesmo instante a menina a olhou e lhe ofereceu seu pirulito chupado.

Paisagens

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Ouvindo música

Pela fresta da janela Passam os prédios Passam as luzes Passam as pessoas Entram e saem Caras cansadas Se seguram no ferro  no meio do salão. O ar poluído De tantas respirações Vento escasso De tantas aspirações. Ouço uma música Viajo para trabalhar Enquanto eles  para descansar La Vie en Rose É a música Penso em outros tempos Tempo de luzes As mesmas luzes Que passam rápido No lado de fora E ficam para trás Quanto devaneio Enquanto ouço música Viajando para o trabalho No vagão do Trensurb! Silvana F. Pereira

O Menestrel

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos par

Carrego seu coração

Eu Carrego seu coração comigo (Eu o carrego no meu coração) Eu nunca estou sem ele (onde quer que eu vá, você vai, minha querida; e o que quer que eu faça sozinho, eu faço por você, minha querida) Eu não temo o destino (porque você é o meu destino, minha doçura) Eu não quero o mundo por mais belo que seja Porque você é meu mundo, minha verdade. Este é o maior dos segredos que ninguém sabe.  (Você é a raiz da raiz, e o botão do botão e o céu do céu de uma árvore chamada vida; que cresce mais alta do que a alma pode esperar ou a mente pode esconder. Este é o milagre que distancia as estrelas Eu Carrego seu coração (carrego no meu coração) E. E. Cummings

Comemorando

Nasceu o sol iluminou a cidade alegrou  o dia trouxe felicidade No rosto antes triste um sorriso apareceu Que belo é o dia em que o sol aparece. Silvana

Encontro vocálico

Duas vogais perambulavam por muitos textos (eram hiatos) mas num belo dia se encontraram resolveram se unir e antes pronunciados separados viraram um ditongo hoje só se pronunciam juntos.  Silvana F. Pereira

Caminhando pela Rua da Praia

Caminhando pela rua observo rostos, estilos expressões e nelas viajo imagino o que pensam as pessoas que caminham na Rua da Praia. Silvana F. Pereira

Dinheiro

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Trabalho o mês inteiro para as contas pagar e mesmo assim parece nada para mim sobrar Isto é triste e muito ruim nos meus sonhos eu tenho um plano eu caso com um homem rico Deve ser bom e divertido não ter que se preocupar no final de cada mês se o dinheiro irá faltar O mundo deve ser sempre ensolarado não precisa nada fazer se casar com homem rico Que maravilha seria as coisas que eu poderia fazer se eu tivesse muito dinheiro é o mundo do homem rico Mas o mundo ensolarado e muito endinheirado ficou no meu sonho no mundo do homem rico Mas como um homem deste é difícil de encontrar vou voltar a trabalhar para o tal do homem rico. 

Aspirante

estudar e trabalhar são constantes de mim integrantes Sei que a vida tem coisas mais interessantes (ô se tem!) gosto de beber estar com os amigos momentos deslumbrantes aceitei captar verbas para os projetos do Batuque de Cordas amigos tolerantes (ainda nada consegui) tornei-me escoteira grupo Escoteiro Japão tarefa revigorante (para quem passou dos 40) dei para poemar com o grupo Oficinau pessoal exuberante última façanha cantar no Coro da OSPA como integrante (sonho de criança) Um amigo perguntou E trabalhar nada? Desconcertante (ou não) Pensei com meus botões: Estou muito ocupada fazendo o que gosto. Estarei sendo delirante?! Acho que apenas não quero ser de minha vida, uma figurante. Silvana F. Pereira

Muito

Nasci católica e na bíblia dizia temos que saber viver no muito e no pouco neste momento sinto que não consigo viver no pouco Preciso de muito trabalho muitos amigos muito amor muito tudo e pouco pouco

Final de semana em casa

não conseguia pensar em nada sentei no sofá e senti uma fisgada na verdade foi uma alfinetada que esqueci numa almofada levantei e desastrada no abajur dei uma cabeçada minha filha deu uma gargalhada e pensou: minha mãe é “pancada” resolvi dar uma caminhada e na volta comprar uma empanada para mais tarde comer acompanhada daquela deliciosa limonada entrei na padaria e vi na chegada o objeto de minha pernada e comprei por uma barbada a iguaria desejada na volta me vi dando risada parecia uma piada lembrei do tombo que levei quando dava as pedaladas Final de semana em casa é uma temporada realmente esperada comilança anunciada o cardápio é uma charada seja feijoada, empanada ou salada. A família volta ao trabalho Na segunda-feira revigorada. Silvana F. Pereira

Escrever II

pegar na caneta desenhar  pensamentos acariciar o papel traduzir sentimentos juntar palavras gerar encantamento proporcionar curas num momento bendito escritor que transforma tormento do leitor em doce lamento Silvana F. Pereira

Esta vida é uma viagem

esta vida é uma viagem pena eu estar só de passagem ( Paulo Leminski )

Escrever

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Ah, escrever Botar a cara nas letras As mãos no teclado Os olhos no vídeo O coração nos dedos quantas folhas economizei ao digitar e não escrever embora o papel ainda exerça grande fascínio sobre mim pegar na caneta tocar o papel desenhar  pensamentos traduzir sentimentos conseguir juntar letras formar palavras montar as frases que digam o que observo e o que sinto. Silvana F. Pereira

Forma

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Bauhaus house do Design das artes plásticas e  da arquitetura estréia em 1919 sua temporada de criações em Weimar na Alemanha nova época pós guerra produção em massa custo reduzido nova forma de pensar sem limites de objetivos sem limites para criar inicia a libertação mais incrível da imaginação cria-se o novo com base no conhecimento inerente latente existente tudo ficou harmônico os bens de consumo o estilo arquitetônico em resumo funcionais fonte de inúmeras fontes alfabetos desenhados criados, inventados, redondos, quadrados inclinados por gênios ou porque não dizer loucos loucos que modificaram o mundo que criaram no fundo emoções que levaram e levam beleza aos olhos à mente e ao coração. Silvana F. Pereira