Quando comecei a passear meus dedos Pela sua marighelazinha já ficando molhada Ela teve medo e recuou na resistência: – Stálin! Stálin! Mas depois deu uma olhada Viu meu sputinik pronto a entrar em órbita Exclamou feliz da vida: – Que vara! Que vara! – Que nikita mais krutschev! Eu era o sessenta Ela era lunática rainha lunik 9 Me sentia como se estivesse dando um cheque-mate No próprio Karpov E por não ser nem fidel e nem castro Lambi sua rosa de luxemburgo E a linda bolchevique geminha tesudinha: – Ai língua de seda, Maravilhosa, Me lenine toda, meu bem Me lenine toda, Todinha! Arranhava minhas costas com suas unhas de mil caranguejos E sussurrava entre beijos: – Marx! Marx! E o colchão de molas rangia: – Mao tse tung! Mao tse tung! Me chamou de seu tesão Maiokovsky do sertão Engels azul do meio dia Poeta do real Sua fantasia Olhou-me nos olhos e disse: – Tú és o meu Brejnev! E ficamos por um tempão Deitados no colchão de neve E nos amávamos E